Acompanhando as mudanças do mercado e de comportamento em um cenário mundial, estudiosos e especialistas têm debatido cada vez mais sobre a importância do design e o estabelecimento dessa profissão como uma das maiores tendências das próximas décadas.
E de fato, atualmente, o design está relacionado às novas e principais mudanças no mundo em que vivemos, pois a profissão tem grande conectividade com as inovações tecnológicas, atividades estas que promovem soluções inteligentes e úteis para a vida contemporânea.
O trabalho do designer está altamente envolvido com a resolução de problemas e projeção de soluções, sejam elas em meios gráficos ou físicos, sendo no primeiro um trabalho maior com comunicação; e segundo, o desenvolvimento de produtos e objetos funcionais.
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E em meio à crise mundial, impulsionada pela pandemia do novo coronavírus, muitas mudanças drásticas e importantes sobre comportamentos, perspectivas e estruturas físicas foram sendo percebidas e colocadas em análise para um futuro do mercado.
Nisso, o designer nunca esteve tão requisitado para resolver questões e trazer novas soluções. Dentre elas, estão algumas ligadas ao consumo consciente, às novas rotinas e desafios humanos, e também a uma nova e constante vida em um ambiente online
É interessante notar que esses exemplos e tantas outras possíveis soluções a serem criadas por meio do design são suposições, baseadas em novos hábitos humanos, já que grande parte das pessoas passou a viver com menos gastos e em um lugar mais digital.
Muitos produtos e serviços estarão na frente do interesse do mercado. Nessa nova realidade os principais investimentos poderão ser:
- Produtos para uso pessoal, como carteiras eletrônicas;
- Aplicativos para aluguel de um toldo articulado, por exemplo;
- Serviços que trazem economia, como compartilhamento de produtos;
- Ideias para implementar o digital, como pontos eletrônicos de casa.
Conhecer as demandas do mercado, inclusive aquelas que podem ser resolvidas com o design, é uma necessidade, principalmente para os próximos anos, então se você quer ficar por dentro da maior reforma comercial dos últimos tempos, continue a leitura.
Novas rotinas e desafios humanos
Uma das maiores mudanças, daquelas trazidas a partir da pandemia do novo coronavírus, foi a reclusão dentro de casa. Essa atitude de proteção e obrigação com a saúde pública fez muitas pessoas levarem suas atividades diárias para dentro de casa.
Trabalho, diversão, lazer, descanso e estudo. Tudo passou a ser pensado e executado em um ambiente informal e pessoal, geralmente compartilhado com pessoas próximas. Essa mudança tem sido vista como essencial para a produção e consumo nos próximos anos.
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Isso porque a saída dos escritórios tradicionais acabou se tornando essencial para a sobrevivência de empresas, estas que dependiam da compra presencial.
Por exemplo, um empresário que tinha uma loja de roupas em um centro comercial popular sentiu uma grande perda em sua rentabilidade, e para não parar de pagar seus funcionários, ele encerrou um contrato de alarme de incêndio.
Essas trocas e mudanças estratégicas salvaram muitas empresas, mas não se mostraram suficientes para assistir totalmente o colaborador. Isso porque, por trabalhar de casa, o trabalhador passou a ter custos a mais, além de ter que providenciar uma estrutura melhor.
E nessa estrutura está a organização de um espaço para trabalhar home-office, o pagamento de um plano maior ou cada vez mais potente de internet, o investimento de equipamentos e objetos tais quais os existentes no antigo escritório.
Um desses problemas, que é um grande demanda para designers, é o uso de cadeiras e equipamentos ergonômicos, necessários para que a produção em casa não traga problemas físicos e posteriormente mentais para o funcionário.
Esses produtos, desenvolvidos por um profissional de design, estão sendo uma das maiores procuras no mercado atualmente. Além disso, com certeza, tendem a crescer ainda mais com a tendência do home-office em funcionamento na sociedade.
Entenda mais sobre a vida digital
Seguindo a ideia de uma nova vida digital e suas demandas diárias, o designer será cada vez mais solicitado para criar soluções voltadas ao comércio e ao trabalho no âmbito digital.
Como dito anteriormente, muitas pessoas continuarão com suas demandas de trabalho, mas dessa vez de dentro das próprias casas. E nisso, uma questão que também se tornou importante foi a resolução de burocracias, por exemplo, um ponto de presença.
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Dentre alguns dos futuros desenvolvimentos em design está a inserção de um leitor biométrico ao alcance de um aparelho celular mobile, por exemplo. Sistemas e layouts de equipamentos estão sendo pensados para que, futuramente, essa seja uma realidade.
Essa demanda é uma tendência, além de uma questão trabalhista, estendendo-se ainda para burocracias bancárias, provas e concursos, bem como todo tipo de resolução que antes funcionava de modo presencial.
Por exemplo, uma loja de móveis planejados para banheiro costumava receber em seu escritório cerca de 10 clientes diariamente. Entre as questões resolvidas estavam: pagamento, aprovação de projetos, escolha de peças e modelos e, até mesmo, entregas.
Agora tudo passou a ser digital com a presença do negócio online, em especial nas redes sociais, lugar onde divulgam novos projetos e parcerias com marcas e lojas.
A apresentação de projetos, bem como a aprovação de clientes e eventuais mudanças ocorrem por meio de programas onlines. E a entrega, que continuou por meio presencial, não exige contato próximo e nem mesmo assinaturas, pois tudo já é providenciado antes.
Nesse exemplo, tanto a popularidade de compras e vendas online e reuniões via programas e aplicativos são sinais de que a presença de um design voltado ao usuário é uma das maiores soluções que a corporação pode oferecer.
E neste ramo podem estar presentes tanto empresas de tecnologia que fornecem esses produtos digitais quanto as próprias iniciativas de setores responsáveis dentro da própria empresa de móveis.
Já no caso de uma empresa de aluguel de andaimes, a principal mudança tecnológica será o desenvolvimento de um novo aplicativo, capaz de solicitar e agendar a locação dos produtos de forma rápida e totalmente prática para os clientes.
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Essa tendência está mostrando que o desenvolvimentos destes e outros produtos em um âmbito digital será cada vez mais incorporado aos mercados, o que é uma boa possibilidade de investimento, com retornos de curto a médio prazo.
Consumo consciente
A ideia do consumo consciente vem sendo popularizado há alguns anos, tanto por meio de iniciativas privadas quanto por projetos e estudos dentro do próprio setor público.
Muitas pessoas estão percebendo que apostar em produtos e serviços que vão ter um maior impacto ou vão durar muito mais tempo do que o comum acaba sendo mais rentável, do que investir em uma sugestão impulsiva no mercado comercial.
Mas essa prática não está ligada somente às compras, mas também aos investimentos de um negócio, por exemplo.
Uma empresa hoje pode pensar além da terceirização de produtos e serviços, podendo alugar seus próprios equipamentos para outra empresa do nicho.
Essa prática começa a trazer formas conscientes de gerar demandas e ofertas, e é uma mudança que atinge não somente os setores financeiros, mas também os ambientais.
Com isso, o trabalho de uma designer para os próximos anos será cada vez mais requisitado ao criar essas novas possibilidades de soluções para empresas, podendo se estender, ainda, às produções autorais.
As apostas do mercado giram em torno do desenvolvimento e/ou comunicação de produtos que substituam descartáveis ou materiais que gerem tanto lixo quanto gastos elevados, além de criar uma solução que fortaleça o mercado com serviços inteligentes.
Por exemplo: o dono de uma empresa de soluções inteligentes para a casa pode passar a desenvolver a comercialização de produtos não para a venda, mas sim para aluguel. Para isso, ele deverá focar tanto na estrutura do produto quanto no design exterior dele.
Dentre as opções de serviços está a limpeza de fachada, que é solicitada via aplicativo, que conta com um design pensado para a maior facilidade de uso pelo cliente. Os produtos também já estão incluídos no serviço, o que tem um ótimo fator econômico.
Uma boa solução de economia e consumo consciente é o uso e aluguel de materiais cujos preços tendem a ser altos, ou seja, um preço que não se apresenta mais como uma necessidade.
Imagine que essa mesma empresa possa oferecer um aluguel de uma manta asfáltica, que é um produto difícil de achar numa loja e que tem um preço mais elevado.
O desenvolvimento desse material que induz o interesse do cliente e, até mesmo, a plataforma de aluguel do material serão alguns dos maiores desafios na criação do designer.
Ou seja, o mercado pós-crise estará muito mais exigente, por isso, trabalhar bem o setor de design pode fazer com que a sua empresa ganhe destaque entre as concorrentes.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.